segunda-feira, 1 de maio de 2023

Dia dos Trabalhadores - de São João-PE para a vida...

Terça-feira, 1 de março de 1994, o município de São João tinha então 35 anos, dos quais 14 eu, meus pais, angelinenses da Palha e do Pery-Pery, e meu irmão, Eraldo, já vivíamos por ali, ou seja, desde 1980...

Cunhada, mãe e sobrinha, em Aracaju-SE, anos depois, e a carteira de trabalho assinada em 1994.

Naquela data, oficialmente fui contratado como "Estagiário" pela Associação Joel Carlson de Assistência Social, sediada em Recife, capital do Estado onde nasci, Pernambuco. O "estágio" foi na agência de Correios da cidade, que funcionava no histórico prédio da "estação", que é provavelmente o mais antigo da cidade, por datar de 1887, ou seja, ainda da época do Brasil Império e também de quando ainda era Ditrito de Garanhuns, onde nasci.

Eu tinha, então, 14 anos, muitos sonhos, muita vontade de vencer na vida... Minha família morava ao lado do histórico casarão que fora demolido para a construção de um posto de gasolina e diagonal à estação. Eu havia planejado cursar o científico (atualmente ensino médio, mas 2º grau na época) no Colégio Jerônimo Gueiros, cursar inglês e fazer um curso técnico, o Contabilidade. Nem sempre o que a gente planeja acontece, mas deixar de planejar é deixar-se vulnerável a qualquer eventualidade.

Tendo em vista os planos que conciliassem os estudos, a única maneira de incluir o inglês foi matricular-me no Colégio Municipal Padre Agobar Valença, ao lado do terminal do rodoviário de Garanhuns, de cujo tempo uma das únicas lembranças é a maravilhosa professora de inglês, Maria de Lourdes Magalhães Guimarães, que falava apenas em inglês, na aula de inglês à noite. 

Excetuando a segunda-feira, tradicional dia de feira em que as pessoas dos sítios vinham saber se seus parentes, que moravam foram, haviam escrito cartas, os demais dias da semana, de segunda a sábado, eu trabalhava também entregando cartas - como carteiro. As cartas eram a principal comunicação entre as pessoas de São João na década de 90 com as demais que não moravam mais lá. Raramente uma pessoa tinha linha telefônica, pois era extremamente cara. A outra forma de comunicação era ir à Telpe, onde trabalhara Lucy, ali nos fundos da Prefeitura Municipal (Palácio João de Assis Moreno) ou comprar a ficha e colocar no orelhão e tentar a sorte.

Na Agência dos Correios, em São João-PE, na década de 90.

Voltando ao meu trabalho, começava às 8h e findava às 18h... Não me perguntem como eu estava pronto às 18h15 para pegar o ônibus que nos conduzia a Garanhuns. Foram tempos de muita, muita correria... Eu não voltava para casa antes das 23h e, por morar tão perto do trabalho, "do outro lado", não raro pegava o malote. Esse malote vinha no ônibus da JOTUDE, não tinha hora para passar, então eu o esperava como quem coloca leite no fogo e torce para não derramar... Para garantir essa oportunidade, pegar esse malote e fazer entregas de cartas já fazia parte de minhas tarefas muito antes.

Além das 8 horas diárias, trabalhava também aos sábados das 8h às 12h, afinal, para o progresso do país, alguns precisam trabalhar... Contava, então, 44h de trabalho, aos 14 anos... À tarde de sábado, quando não cursava francês ou informática, ou espanhol, em Garanhuns, fazia os trabalhos da escola e as atividades de inglês.

Durante esse tempo, lembro-me como se fosse ontem, ter encontrado Ilze, neta dos saudosos Antonio e Inês Moura, e por saber, pelos cartões postais, que ela morava nos Estados Unidos, falei em inglês com ela. Foi uma amizade que dura até hoje. Não só com Ilze, mas também com Jenizi e com o saudoso Zé Moura, pai de Juliana, com quem fiz Letras, e de Pedro Moura.

Meu trabalho consistia em ajudar Carlos Gonzaga Pitanga da Silva no dia de segunda, lendo todos os nomes de um determinado sítio, em escaninhos logo após o balcão (como na foto acima), e nos demais dias fazer entrega de cartas, telegramas e encomendas pela cidade. - Vaca Morta, Várzea do Barro, Várzea da Salva, Gambelo, Gameleira, Breginho, Aroeira, Santa Rita, Matão, Saco do Tigre, Olho d´Água de Dentro, Olho d´Água dos Alves, Olho d´Água do Meio, Frexeiras, Volta do Rio, Tiririca, Capim Grosso, Riacho, Azevém, Riacho do Umbuzeiro... eram inúmeros os nomes dos sítios e fui me familiarizando com esses topônimos todos.

Saía da agência, passava pela rua de D. Noemia, passava pela casa de Seu Lula Cordeiro, seguia reto e não raro encontrava a saudosa Olívia Barbosa com seu jornal, passava pela rua do Cespe, pegava a Augusto Peixoto e a Manoel Rodrigues até o fim, pois uma freira francesa bretã, Marie Thérèse Dreyer, morava ali e costumava receber correspondências. Ou fazia a Joaquim Pereira dos Santos, incluía a Liberdade, com a Cel. João Fernandes (avô ou bisavô do saudoso Antonio de Pádua Maranhão Fernandes) e pegava à direita do açude municipal para a rua de Horta e da Linha para seguir pela Olegário Valença e pegar a Antonio Vilela (no Planalto).

O Planalto, nesse tempo, além dessa avenida, com a Delegacia Civil, já tinha o Cemitério, contava com a Nelson Rodrigues e 3 ruas após o cemitério, sendo curiosamente uma delas com nome de mulher - uma Zoby - parente da querida Rosa Zoby, prima de Antonio de Pádua - que foi diretora na escola onde fiz meu curso primário - Escolas Reunidas Coronel João Fernandes da Silva.

Além do Planalto, tinha também o Parque Alvorada, com umas 6 ou 7 ruas... E só! Não existia Parque Brasília... Aliás, a caixa d´água estava lá, sob os cuidados de Didi... mas o fluxo de correspondências não era significativo. Sucedi Alexandre José de Lima, com quem estudei na Escola João de Assis Moreno, nos bons tempos do diretor João Bosco de Barros Porto.

Isso significa que, dentro de apenas 10 (dez) meses, completo oficiais 30 (trinta) anos de trabalho formal comprovado. Mas comecei antes, ajudando o finado Amauri no Açougue Público e a irmã caçula de minha mãe, tia Nivalda Freire (casada com meu primo-tio Antonio), no bar-restaurante que ela tinha, além da venda de doce de mamão nas manhãs de segunda.

Minha CTPS - Carteira de Trabalho e Previdência Social - tem alguns registros: (1) "Estagiário" da Associação Joel Carlson de Assistência Social; (2) "Professor" da Sociedade Garanhuense de Cultura Inglesa Ltda, tradicionalíssima escola de idiomas "CULTURA INGLESA" de quando estava localizada à Praça Souto Filho, 101, em Garanhuns-PE, admitido em 01/agosto/1999, de onde saí para ir cursar o Mestrado na Universidade Federal de Pernambuco em 2001; (3) "Professor", em Torrões, Recife, admissão em março de 2003; (4) "Professor de Literatura", em abril de 2009; (5) "Professor" da SESPS - Sociedade de Ensino Superior e Pesquisa de Sergipe, a adorável Faculdade Tobias Barreto, em 2011; (5) "Professor Adjunto N1" da Sociedade Educacional e Cultural Sergipe del Rey LTDA, localizada à Rua Laranjeiras, 1838, em Aracaju-SE, admitido em maio de 2017 - ano muito divisor de águas em minha vida. Não constam na carteira de trabalho meu tempo de experiência na Universidade Federal de Sergipe (UFS), no Colégio de Aplicação da UFS, no Instituto Federal de Sergipe (IFS) e, principalmente, no Estado de Sergipe, onde vim viver em 2005. Também não constam meus serviços prestados a um educandário particular em São João, onde iniciei com crianças, nem o CCAA de Garanhuns. Também não foi serviço registrado em carteira meu trabalho em 4 Universidades estrangeiras.

Pelo número de ocorrências na função de professor, não é surpresa que eu tenha seguido essa profissão que me possibilitou registro antes mesmo de minha formatura em 2000. É o meu sonho de criança, ao ouvir tantas estórias e histórias narradas por minha mãe (falecida em São João em 2017), que curiosamente me alfabetizou sem o saber, pois fui para a escola pela 1ª vez já lendo e escrevendo sem frequentar escola. Por ter lido todos os livros da Bilioteca Pública Erasmo Bernardino Vilela (1º prefeito de São João), por brincar de professor, por ter desde a adolescência minha própria biblioteca. 

Essa profissão também possibilitou a realização de sonhos: realizar-me, ajudar meus pais, principalmente minha mãe quando mais precisou, conhecer o mundo...

Então, no Dia do Trabalhador, de trabalho e trabalhar, eu entendo (e muito bem)!

* Atualmente, é professor da educação básica do Estado de Sergipe (SEDUC), na função de Coordenador Pedagógico (CEIP/DEA), professor tutor do curso de Letras - Inglês (CESAD/UFS) e estudante bolsista na prestigiosa Aliança Francesa, em Aracaju-SE, onde reside.

sexta-feira, 26 de março de 2021

Famílias Cavalcante de Oliveira e Freire de Carvalho em Panelas/PE em 1890


 Fonte: https://www.panelaspernambuco.com/p/o-blog.html

Ao pensar em Panelas, três coisas me vêm à mente: história, cultura e genealogia. Do ponto de vista histórico, é preciso a gente entender a Guerra dos Cabanos. Do ponto de vista cultural, o festival nacional de jericos e, por último, e não menos importante, algo de minha origem (ascendência) que ecoa... É comum a tia Geralda Freire, com quem costumo mais conversar pelo entusiasmo e vibração em sua voz, quando falo coisas do passado, dizer o papai (Antonio Freire) dizia que a mãe dele tinha família em Panelas (de Miranda).

Do meu avô materno, de quem carrego o Freire, tenho o pouco e afetuoso convívio, pois ele faleceu antes que eu completasse 7 anos e também minha mãe e treze tios de seus dois consórcios, nossa maior riqueza...

Hoje, transcrevi uma ata de criação de um clube republicano, na Panelas de 1890, a qual está integralmente ao final desse texto,  mantive a grafia da época, e reconheci, após alguns anos de pesquisa, o pai do avô de meu avô  - Melchiades Pulpino Freire de Carvalho. Com o filho dele, Luiz Freire, meu avô chegou a ter contato, mas com o bisavô, Melchiades, que aparece nesse documento, não, pois ele faleceu em 1905 (e meu avô Antonio Freire nasceu 5 anos depois), conforme:


  
Fonte: A Provincia - Quinta-feira, 29 de Junho de 1905

Peço licença a quem estiver lendo para explicar essa nota de falecimento com convite para missa em sufrágio da alma de meu tetravô (tataravô), ou 4º avô, Melchiades.

Melchiades Pulpino Freire de Carvalho cc. Maria Velloso de Carvalho (nascida Velloso Freire) foram pais de:

Narciza de Barros Velloso da Silveira (nascida Velloso de Carvalho) cc. João de Barros Velloso da Silveira

Rachel Velloso de Carvalho

Elvira Velloso de Carvalho Cabral (nascida Velloso de Carvalho)

Luiz Pulpino Freire de Carvalho (meu trisavô, ou 3º avô ou o avô de meu avô materno)

Percebam que, na nota, dia 30, quando se celebrou a missa na igreja de Canhotinho, já se passaram sete dias de seu falecimento. Portanto, ele faleceu em 23/06/1905. Que sua alma descanse em paz. Em outra oportunidade, destrincharei melhor sua família imediata, com sua mãe, Isabel Candida Freire, e seus irmãos.

É importante que o leitor saiba que, no início do século XX, Panelas, Canhotinho e Palmares formavam um bloco, cuja comarca era a cidade de Palmares. Logo, não é nada estranho que Melchiades e Marcolino, pais de Luiz e Caetana, pais da mãe de Antonio Freire, tenham se tornado amigos, com ideais similares. Melchiades aparece como senhor das terras Divisão, junto com sua esposa, num Edital de 10 de agosto de 1883, a mando do Dr. Francisco Pothier Rodrigues Lima, juiz comissário da comarca de Palmares, por nomeação do governo, e como eleitor de Canhotinho, em 4 de janeiro de 1896, num abaixo-assinado em prol do prefeito major Aggêo Cézar de Andrade. Marcolino é mencionado inúmeras vezes relacionado à segurança em Panelas, no século XIX.

Quando meu avô nasceu, em 1910, no sítio Palha (alcunhado Pachá no 1º Censo de Propriedades Rurais de 1920), o sítio Palha tinha apenas dois proprietários: o avô dele, Luiz Freire (proprietário 396 em Canhotinho) e Caetano Seraphim de Mello (proprietário 383). O sítio Palha pertencia, geograficamente, a Canhotinho, pois a emancipação de Angelim, onde minha mãe, Maria Freire (sítio Palha), e meu pai, Nelson Amaro (sítio Peri-Peri) nasceram, cresceram e se casaram, só aconteceria duas décadas depois. 

Nós, da família, não temos certeza se meu avô sabia que era dono daquela propriedade, por herança de sua mãe, Maria Freire Macêdo, se Luiz Freire fez testamento ou se a mãe de meu avô, filha da panelense Caetana Cavalcante de Oliveira, tinha algum documento em mãos. Nós, da família, sabemos que, assim como em outros momentos na história de nossa família, meu avô precisou ser bem perspicaz para não perder o pouco que lhe deixaram ter...

Voltando a Panelas, segue a ata de criação do club Penellense Maciel Pinheiro:

Acta

 DA SESSÃO INSTALLADORA DO CLUB PANELLENSE MACIEL PINHEIRO

 

Aos 29 dias do mez de Junho de 1890, na sala da casa que serve de séde ao Club Maciel Pinheiro, reunidos grande numero de cidadãos eleitores do districto de Panellas, depois de tocar-se o hymno nacional, que foi ouvido de pé por todos os presentes, o cidadão Honorio Silva, que, por indicação de muitos, assumio a presidencia da reunião, fez vêr a conveniencia de se congregarem os elementos politicos deste districto, em uma associação sinceramente republicana, filiada ao Club 22 de Julho da cidade do Receife, cujos actos se pautassem pela direcção politica do Dr. Martins Junior e adoptasse as doutrinas do manifesto de 10 de Dezembro de 1888.

 Ainda declarou o mesmo cidadão, que, se accordassem na fundação da sociedade, que se deveria denominar Club Maciel Pinheiro, em homenagem á immorredoura memoria do Dr. Maciel Pinheiro, assumiam o compromisso de honra em, esquecendo as rivalidades politicas passadas e conveniencias pessoaes, trabalharem sómente pela prosperidade do lugar em que habitavam e engrandecimento das ideias republicanas.

 Concordes os presentes em crear a associação, o cidadão Honorio Silva disse, que havendo necessidade de proceder-se a eleição dos membros para a directoria, tomava a liberdade de indicar para compôrem a mesma, nomes de cidadãos, dignos por sua probidade, que, alheios ás discordias da localidade, seriam, no caso de eleitos, uma garantia para a politica que o Club se propunha a sustentar.

 Achando-se todos os presentes sentados, fez vêr que tratando-se de assumpto importante, era necessaria a maior franqueza e assim os cidadãos que concordassem na eleição daquelles, que ia propor, quizessem levanta-se, afim de se verificar a votação que houvesse.

 Foram eleitos por unanimidade de votos e de per si, os cidadãos seguintes:

 Presidente - Capitão José Matheus de Oliveira Guimarães;

1º Vice-presidente - Marcolino Cavalcante de Oliveira

1º Secretario - Professor Manoel Benigno da Silva;

2º Secretario - Capitão Manoel Albino de Mesquita;

1º Thesoureiro - Capitão Antonio Laurindo de Carvalho;

2º Thesoureiro - Jeronymo Cavalcante da Silva

 

Eleita a directoria, assumio a presidencia da sessão o capitão José Matheus, que convidou a tomarem assentos o 1º e o 2º secretarios, mandando proceder-se a leitura dos estatutos do Club 22 de Julho que, por unanimidade, foram approvados como estatutos do Club; em seguida, agradecendo sua eleição, o presidente, m termos habis, pedio aos cidadãos que alli estavam, fossem sempre unidos e dovotados á causa republicana, honrando assim á veneranda memoria de Maciel Pinheiro, nome que, só por si, deveira constituir uma gloria para o Club que si installava.

 Seguio-se com a palavra o 1º secretario, que largamente procurou demonstrar a prosperidade que, em tão pouco tempo a Republica tem trazido ao paiz; que tudo devia-se esperar da politica de Perambuco sob a direcção do Dr. Matins Junior, cuja intelligencia, caracter puro e toda a sorte de sacrificios, compativeis com a sua dignidade, no tempo em que ser republicano era um crime, foram os unicos titulos que brilhantemente o collocaram na direcção politica deste Estado e terminaou propondo que a directoria do Club, inaugurado sem que houvesse a minima discordancia entre seus membros, expedisse um telegamma ao Dr. Martins Junior saudando-o, sendo unanime a approvação da proposta.

 O cidadão Manoel de Miranda Santiago, obtendo a palavra, disse que, havendo necessidade de o Club ter na cidade do Recife um representandte de seus interesses, propunha, que se pozesse em votação o nome do cidadão Honorio Silva, para representar o Club Maciel Pinheiro, quer perante o governo, quer perante os demais Clubs do Estado, sendo o cidadão proposto eleito por unanimidade.

 Não havendo mais assumpto social a tratar-se, o presidente convidou os presentes a assignarem o Manifesto e, depois de lavra a acta, declarando que todos os que assignassem, seriam solidarios com as ideias do Club.

 Em seguida pedio a palavra o professor Benigno e offerecendo ao capitão José Matheus um bouquet de flores naturaes, em breves palavras, pedio-lhe que soubesse retribuir á homenagem expontanea de sua eleição e com a sinceridade e honradez que o caracterisam, jámais consentisse que o Club praticasse qualquer acto que o desmerecesse perante o Dr. Martins Junior e o Club 22 de Julho do Recife.

 O capitão José Matheus declarou que, em qualquer posição em que se collocasse, estaria ao lado dos seus amigos politicos, e trabalharia ao lado dos seus amigos politicos, e trabalharia que o Club correspondesse ao fim para que fôr organisado.

 Ainda fallou o cidadão Honorio Silva, agradecendo a confiança que lhe depositavam, a qual corresponderia.

 O professor Benigno, subindo ao lugar onde se achava a banda de musica, recitou a poesia - Libertas quae sera tamen - a qual, impressa foi distribuida pelos presentes. Deiraram de ser considerados alguns cidadãos socios benemeritos, conforme proposta do cidadão Jeronymo Cavalcante, porque os Estatutos do Club 22 de Julho sómente admittem socios effectivos.

 Sendo cinco horas e meia da tarde e não havendo quem pedisse a palavra, mandou o presidente que fôsse lavrada a presente acta e se officiasse ao Dr. Martins Junior, ao Club 22 de Julho do Recife e aos demais clubs republicanos, communicando a inauguração do Club Maciel Pinheiro.

 Eu, Manoel Benigno da Silva, 1º secretario, escrevi a presente.

 José Matheus de Oliveira Guimarães.

Marcolino Cavalcante de Oliveira.

Manoel Albino de MEsquita.

Jeronymo Cavalcante da Silva.

Antonio Laurindo de Carvalho.

Hermegenildo Jacintho Cavalcante.

João Gomes de Mello.

Carlos José da Silva.

João José Damasceno.

Manoel José de Moura.

Manoel Guilhermino de Miranda.

José Valerio de Almeida.

José Gomes de Barros.

Luiz Francisco de Souza.

Euzebio de Miranda Galvão.

Francisco Costa.

Miguel Felippe de Moura.

Pedro Pereira da Costa.

Manoel Aureliano dos Passos Moura.

José Apolinario de Moura.

Nazario Valeriano da Costa.

João Anunes de Oliveira.

Caetano Cordeiro de Mello.

Francisco Ferreira Roque.

Francisco Pereira da Costa.

João Gomes de Freitas.

Joaquim José de Oliveira.

Avelino Rodrigues Pereira.

Manoel Rodrigues Pereira.

Eloy Marianno do Nascimento.

Martinho Barbosa de Souza.

Antonio Joaquim de Miranda.

Parisio José de Campos.

Patricio José Barbosa.

Manoel Pedro de Mello.

Manoel Francisco do Nascimento.

Feliciano José Treobaldo.

José Antonio de Mello.

José Rodrigues de Paula.

Caetano Vieira da Silva.

Angelo Pereira da Paixão.

Antonio Vieira de Paula.

Simplicio José Theobaldo.

Paulino José Raymundo.

Pedro Baptista de Baros Brazil.

Joaquim Manoel do Nascimento.

Simão Gomes da Silva.

Joaquim Correia de Oliveira Barros.

Francisco Antonio de Gouveia.

Joaquim Lopes Vieira.

Lourenço de Paula e Silva.

Heleodoro Ferreira de Mello.

Felix Ferreira da Silva.

Fulgencio Rogrigues Pereira.

José Felippe Barbosa.

Manoel Pereira da Silva.

João Felippe Barbosa.

Antonio Felippe de Moraes.

José Nobre Ferreira.

Delmiro José de Souza.

Manoel Gomes Bezerra.

Virgolino Ferreira da Silva.

Laurentino Capucho da Silva.

Antonio Correia Braga.

José Bernardo da Silva.

Manoel Antonio da Silva.

José Felix de Araujo.

Petrolino Soares Cavalcante.

Euzebio Francisco da Silva.

Estevão Barbosa de Araujo.

Manoel Cordeiro da Silva.

Simão Correia de Lyra.

Quintiliano Cavalcante de Oliveira.

Antonio José Gonçalves Pires Ferreira.

Francisco Rodrigues Lins de Albuquerque.

Joaquim dos Santos Junior.

Dinamerico de Oliveira Guimarães.

Antonio Barbalho Uchôa Cavalcante.

Manoel de Miranda Santiago.

Custodio Rodrigues de Meira Torres.

Patricio José Tavares de Vasconcellos.

José Francisco de Souza.

Antonio Bruno de Oliveira.

Melchiades Pulpinio Freire.

Felix José Vieira.

Joaquim Alves Wanderley.

José Antonio de Souza.

José Gomes da Silva.

Lucio José de Maria.

Manoel de Paula Vasconcellos.

João Candido de Mello.

João Francisco dos Santos.

Agostinho Francisco de Lima.

Renovato Barbosa de Moraes.

Sebastião Felippe Barbosa.

Manoel Antonio de Souza.

José Pereira da Silva.

Lourenço Bezerra.

Arsenio Bezerra.

Theotonio Bezerra Roque.

Antonio Caetano.

José Vicente Quimba.

José Antonio de Sá.

Manoel Jeronymo Cavalcante.

Manoel Francisco da Silva.

Felippe Barbosa de Moraes.

José Martins dos Santos.

Honorio Gomes de Lima.

Carlos Tiburcio dos Santos.

José Tiburcio dos Santos.

Antonio Alves da Silva.

João Alves da Silva.

Francisco de Assis Torres.

Francisco Lucindo de Figueiredo.

João Umbelino de Miranda Galvão.

Antonio Teixeira de Vasconcellos.

João Barbosa Teixeira.

José Joaquim Vianna.

Candido Pereira da Silva.

Miguel Alves de Moraes.

Francisco Soares Quintas.

José Rosendo de Andrade.

Manoel Nazario da Silva.

José Romualdo dos Santos.

José Francisco dos Santos.

Onias José Pereira.

João Francisco Cordeiro.

Antonio Claudino da Luz.

Antonio Parisio de Salles.

José Cordeiro de Souza.

Torquato Cordeiro de Souza.

José Francisco de Souza.

Vicente Benicio de Sobral.

Ignacio Benicio de Sobral.

Marcolino Ferreira dos Santos.

João Vicente Ferreira Simões.

Antonio de Barros Albuquerque.

José Leoncio da Silva.

Jacintho José de Barros.

Antonio de Barros e Silva.

 

Fonte: Jornal de Recife (PE) - 1858 a 1938

Recife - Sabbado 12 de Julho de 1890


Neste documento, o pai do avô - Luiz Freire - de meu avô materno, Melchiades Pulpino Freire, e o pai do avô da mãe - Caetana Cavalcante de Oliveira - de meu avô, Marcolino Cavacante de Oliveira, seus bisavós, um radicado em Canhotinho (Freire de Carvalho) e outro radicado em Panelas (Cavalcante de Oliveira), são mencionados no documento e com ideais republicanos. 

E assim se estabelece meu vínculo com Panelas e sua gente! 💕

Everaldo José Freire

Aracaju-SE, 26 de março de 2021.


quinta-feira, 4 de março de 2021

Antonio de Pádua de São João-PE


Chovia fino, garoava e orvalhava, quando deixei São João, na última terça-feira, dia 02 de março desse segundo ano da pandemia, seguindo a tendência da chegada de março com chuvas, para animar os agricultores e toda a gente que depende de chuvas para prosperar. Era antes das 5 da manhã e o dia ainda demoraria a sair da penumbra. 

Ao visitar D. Gelita (irmã de seu Nilson e amiga de minha mãe) e seu Bida, na semana anterior, ela havia me avisado que Dr Antonio estava entubado. Nós sabemos que, nos dias que estamos enfrentando, isso não era um bom sinal. Entretanto, Deus sempre sabe de tudo e é o detentor de nossos destinos.

E, por falar em destinos, quis o Criador que, lá pelos idos de 1989, exatamente no 1º mandato deste imponente homem, como Prefeito de São João-PE, a gente se conhecesse: eu, um menino de apenas 10 anos. Ele, o representante do povo. E por esta razão, gentilmente, pedi à secretária do atual Prefeito, Aline, tirasse essa foto para mim pois, na segunda-feira, quando ali estive, onde estive pela 1ª vez há 32 anos, não imaginava que a vontade de Deus seria trazer para si e para a companhia dos seus o nosso Antonio de Pádua.

Desculpem-me se serei monótono ou se deixarei fissuras nas linhas a seguir, pois quem agora narra é um menino de 10 anos e não mais um professor. Ingressei na Escola João de Assis Moreno em 1989, após concluir o "primário" na Escolas Reunidas João Fernandes da Silva, coincidentemente ascendente de Antonio de Pádua e cuja diretora era Rosa Maria Fernandes Zoby.

Houve uma escolha de o aluno que estivesse bem na leitura fosse ler uma carta para o Prefeito e quis Deus, naquele momento, que os destinos de Antonio e Everaldo se cruzassem pela 1ª vez. Estive no Palácio João de Assis Moreno, cumpri a missão dada e de lá saí impressionado com a delicadeza e gentileza de um adulto num cargo tão importante. Até então, eu não sabia que Antonio era professor. Eu já sabia que queria ser professor. Eu não sabia que Antonio era mestre, pois o chamavam de doutor... E por falar em doutor, ecoa em minha mente um refrão de uma de suas campanhas, o qual certamente será lembrado por muitos sãojoaenses - cujo título de cidadão recebi em 04 de abril de 2017, através da preposição da vereadora Mª Joseneuda de Assis da Silva. 

Não adianta fazer tanta confusão

Antonio de Pádua é o Prefeito de São João

Ele é honesto, é trabalhador,

Ajuda o pobre, o agricultor...

Miguel Arraes

Foi ele quem falou:

Para Prefeito, vote no Doutor... 

Ainda naquele ano de 1989, eu lembro que o município oferecia duas turmas de 5ª série à tarde e essas duas turmas agregavam crianças e jovens oriundos das zonas rural e urbana, pois de 1ª à 4ª série também se ofertava nos sítios. Também lembro que havia aula de violão, judô, teatro, dança... E o contato com tanta arte só podia desvelar a magnitude da pessoa que fora eleita para representar nosso povo e cuidar de nossa gente.

Ainda naquela época, ainda em transição entre a infância e a adolescência, lembro de ter procurado o Prefeito, pois o considerava amigo (e acredito que era isso que ele era das pessoas da cidade) e na minha cabeça havia um Projeto. A secretária da época, talvez vendo ali apenas um menino e não um cérebro pensante, tentou desconversar. Foi quando lá de dentro ecoou uma voa grave e firme, porém gentil: - É Everaldo, Nazaré? Deixe-o entrar. 

O secretário de educação e cultura era o Srº Bianor Lemos de Abreu, esposo da querida Valmira Magalhães de Abreu. Bianor perguntou do que estava precisando para o Projeto, solicitou uma lista e providenciou. Eu nunca fui perguntado em quem meus pais votaram, pois estava claro que eu não tinha idade para votar e imagino que também estava claro que um governador/gestor ganha para fazer melhorias para todos e não apenas para quem votou nele.

Dentre todas as oportunidades que aquela gestão de Antonio de Pádua proporcionou, também fiz um curso de Teatro pela FETEAPE de 192 horas, cujo certificado guardo até hoje:


Ao encenarmos Pluft, o Fantasminha, Antonio estava na plateia, aplaudindo, sorridente e feliz. E muito felizes estávamos nós, crianças e jovens de São João, com aquela oportunidade de vivenciar arte na Associação Atlética e Cultural de São João (AACSJ).

O tempo foi passando, a criança se tornou adolescente e lá pelos idos de 1999, já prestes a concluir o curso de Letras na UPE, um trabalho acadêmico fora aceito para ser apresentado em Cuba. Um passaporte, dinheiro e outras coisas seriam necessárias. Tive a ideia de procurar Antonio de Pádua e "bingo". Ele ajudou no meu 1º passaporte e com uma quantia também. 

Quando voltei da experiência do 1º mestrado na Universidade Federal de Pernambuco, em Recife, nos idos de 2001 e 2002, dei algumas ideias a então secretária de educação Maria Joselma Assis da Silva, que assim como o Srº Bianor, não só ouvia como se empolgava. E assim se consolidava minha história de carinho e muito afeto pela família Assis da Silva. 

Dentre outras coisas, fizemos uma homenagem a várias professoras, num evento que homenageava a mulher, e não só ela. É tanto que um dos homenageados foi o saudoso, brincalhão e querido Severino Teles Barreto, avô da atual 1ª dama, cuja homenagem foi recebida por sua filha Avanir Teles em 2004, no Colégio João de Assis Moreno.

Por falar em Cuba, ainda em seu governo, pioneiramente, havia cubanos na cidade medicando a população, para suprir a carência de profissionais médicos na atenção básica. E não é que o jovem que foi ajudado por Antonio de Pádua foi a Cuba, justamente dar treinamento para médicos dessa nacionalidade?

Gratidão, Antonio de Pádua! Descanse em paz! E até o reencontro. Não tenho dúvidas de que um dia nossos ancestrais se cruzaram e Deus nos oportunizou esse reencontro nessa passagem pela Terra.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

Carnaval em São João-PE na década 90


 

Em 2021, não houve festejos carnavalescos oficiais pelo Brasil, em virtude da pandemia de covid19. Sem folia para brincar, aqui em Aracaju, me lembrei de uma foto que me trouxe lembranças, memórias estas que vão coincidir com um uma cicatriz de aproximadamente cinco pontos no calcanhar, costurados na Maternidade Josefa Cordeiro Vilaça.

Que tal uma viagem à São João de 1991 com uma lembrança do carnaval?

Antes de contar a história, vou-lhes apresentar quatro personagens nessa imagem: a da esquerda é Maria Freire (minha mãe), o do meio é Nelson Amaro (meu pai) e, ao lado dele, Quitéria Alves Porto - minha tia. Mas por que mencionei quatro, se há apenas três pessoas em primeiro plano? Porque jamais poderia esquecer de Angelita Pereira de Lucena, irmã do saudoso Nilson Pereira de Lucena, família que até hoje honra São João com suas ações na política local. Eu, que lhes narro, não estou fisicamente na foto. Estou esvanecido em minhas lembranças de criança e adolescente em São João, onde meus pais escolheram para morar nos idos de 1981. Eu era praticamente um bebê ainda e meu irmão Eraldo tinha seus quatro anos de idade.

O carnaval em São João, pequena se compararmos o núcleo urbano, mas enorme em termos territoriais, sempre foi uma festa familiar. As crianças se fantasiavam de "mateus", com roupas velhas e esmolambadas e adolescentes e adultos faziam o mesmo. As crianças se vestiam assim para brincar e alguns adultos saíam pedindo. 

Não foram raras as vezes que me fantasiei e saí pelas ruas de minha querida São João, para me divertir. Às vezes com Júnior de Vera de Damião (meu saudoso amigo e vizinho Amauri Tavares da Silva Júnior), outras vezes com meus outros amigos de idade parecida.

A antiga estrada de trem, na frente de nossa casa na Av. Joaquim Pereira dos Santos, não tinha asfalto ainda e, mesmo quando teve, havia o resto do caminho que o trem (da Great Western) fazia para ganhar a rua da Linha e seguir destino pra Garanhuns. Minha tia Nivalda Freire já morava na 205 da rua Cel. João Fernandes da Silva, onde outrora D. Gelita e Seu Bida moraram. Acontece que ninguém da família entra pela casa de tia Nivalda pela frente. Até hoje é assim... 

No Corte, como é conhecido o perímetro, as pessoas costumavam jogar tralhas de todos os tipos. Essa parte ainda hoje dá acesso à rua Elpídio Branco, na venda que era de seu Emídio Correia de Oliveira, sogro da querida Lourdes de Zezinho de Emídio (o político que deixou descendência na cidade e que é homenageado com seu nome na Câmara de Vereadores e com uma escola municipal no bairro do Planalto).

Saindo de minha casa, indo à casa de tia Nivalda, brincadeira vai, brincadeira vez, descalço, naquele lamaçal, desavisado, pisei em falso em algo e a gente (estava com minhas primas Maria José e Elaine Karine) viu o marrom da água ficar vermelho. Era sangue, muito sangue... A dor não foi tão grande na hora, talvez pelo susto, talvez pelo medo do que acabara de fazer, mas na hora de costurar o ferimento foi quando lembrei do dito popular de que, quando a gente não escuta conselho de mãe por amor, tem de aprender pela dor.

O Corte foi asfaltado no governo do visionário Antonio de Pádua Maranhão Fernandes, que muito honrou a memória de seus ancestrais em São João, abdicando de seu tempo de esposo, pai e professor da Universidade Federal Rural de Pernambuco para deixar São João melhor do que a encontrou.

Aracaju-SE, 16 de fevereiro de 2021, terça-feira de carnaval

sábado, 13 de fevereiro de 2021

DesODE à Inquisição

Apesar de inocente, fui condenada

Mesmo depois de morta, novamente fui queimada

De minha terra, arrancada

Nos engenhos, humilhada

No laço, amansada

Em cada um de minha descendência:

Renascida!

À Maria Freire (1948-2017)

sexta-feira, 31 de julho de 2020

FREIRE em Pernambuco



Há 22 anos, Brasil perdia Paulo Freire | Geral
 Paulo Freire - Patrono da Educação Brasileira

De 1915 a 2015, de acordo com o Almanaque Centenário, destacaram-se em Pernambuco: Fausto Freire de Carvalho Figueiredo  (1868 a 15-12-1919), engenheiro, ex-prefeito de Palmares, Annibal Freire da Fonseca (07-07-1884 a 22-10-1970), advogado, professor, político, jornalista, sergipano, sobrinho materno do advogado Laudelino de Oliveira Freire, Gilberto de Mello Freyre  (15-03-1900 a 18-07-1987), escritor e sociólogo, Paulo Reglus Freire (19-09-1921 a 02-05-1987) educador e filósofo, Marcos de Barros Freire  (05-09-1931 a 08-09-1987), advogado, professor e político – filho de Luís de Barros Freire, Roberto João Pereira Freire (20-04-1942), advogado e político, Marcelino Juvêncio Freire (20-03-1967), escritor. 

Ficaram de fora do Almanaque o professor de idiomas nascido em Garanhuns-PE e reconhecido cidadão de São João-PE  Everaldo José Freire (11-07-1979), o ex-prefeito de Cabrobó-PE, João Freire de Carvalho, o empresário e político de Petrolina-PE Antonio Freire de Carvalho (24-07-1936), o agricultor de Angelim-PE Antônio Freire de Macêdo (06-10-1910 a 05-04-1986), o físico recifense Luís de Barros Freire (16-03-1896 a 17-07-1963) e o político Virginio Freire Barbosa da Silva (nascido no século XIX), dentre outros. 

É bastante improvável algum pernambucano com o sobrenome FREIRE não ser aparentado de um destes. Para saber um pouco mais sobre cada uma dessas pessoas, é só clicar nos nomes, pois foi tomado o cuidado de pôr hiperlinks.

Leia também o Almanaque Centenário 1915-2015, que foi a base principal para esse post.

sábado, 25 de julho de 2020

25 de julho: dia das mulheres afro-latino-americanas e caribenhas

Em 1992, em Santo Domingo, na República Dominicana, foi realizado o 1º Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas. Desde então, se definiu o 25 de julho como Dia da Mulher Afro-latino-americana e Caribenha. Já no Brasil, a data é celebrada também em homenagem à Tereza de Benguela, uma líder do quilombo Quariterê, localizado onde hoje se encontra Cuiabá, em Mato Grosso, no século 18.
Além de Tereza de Benguela, gostaria de destacar 3 sergipanas (uma de Laranjeiras, uma de Riachuelo e outra de Aracaju) em ordem cronológica: Zizinha Guimarães, Beatriz Nascimento e Valdice Teles.



Além destas, o mundo das letras deve (e muito) a mulheres como Maria Firmina dos Reis, Carolina Maria de Jesus, Conceição Evaristo... Não raramente, vemos uma tentativa de branqueamento cultural, como o que se descobriu bem recentemente em relação a Maria Firmina, inclusive com uma imagem de uma mulher branca gaúcha como se fosse ela ou o caso "mais conhecido" de todos: Machado de Assis... Para uma lista mais robusta sobre pessoas negras de relevo que a escola poderia trabalhar ao longo do ano (além de Cruz e Sousa e Luiz Gama), veja aqui.

Quem você incluiria em relação a Sergipe e por quê?