Maria Freire de Macêdo nasceu em 20 de março de 1948, no sítio Palha, Angelim-PE. Filha de Antônio Freire Macêdo (filho de João José Macêdo e Maria Freire Macêdo) e Maria do Rosário Vieira (filha de Manoel Vieira Mota e Jesuína Josefa da Conceição). Bisneta paterna de Manoel José Macêdo e Maria Rosário da Conceição e de Luiz Freire de Carvalho e Caetana Cavalcanti de Oliveira.
Assento de nascimento de Maria feito pelo pai, Antônio Freire, em 04 de fevereiro de 1961, no CRC de Angelim-PE.
Por volta dos doze anos, ficou órfã de mãe, que era
exímia costureira, além de agricultora, e foi a filha mais velha do primeiro enlace de seu genitor,
que faleceu em 1986. Seus irmãos Joaquim, José e Paulo e suas irmãs Judite
(Naciza) e Nivalda tiveram de interromper os estudos e dedicar-se
exclusivamente aos trabalhos no campo. Ainda pequena, conheceu sua avó, Maria
Freire e sempre teve muitas lembranças e saudades de sua falecida mãe, tendo em
vista que ter ficado órfã não lhe trouxe uma vida fácil.
Casou-se em 07 de maio de 1975 com Nelson Amaro José de Moura,
agricultor, filho de Amaro José Francisco de Moura e Maria Quitéria da
Conceição. Consta na Certidão de Casamento o nome Maria Freire da Silva,
agricultora, a qual passou a assinar-se Maria Freire da Silva José. Por
equívoco do oficial de registro civil de Angelim-PE, acrescentou-se o “da
Silva” ao seu nome.
Após o casamento, mudou-se para Jupi-PE, tendo seus três filhos no Hospital Regional D. Moura, em Garanhuns-PE, e
também passou alguns meses em São Paulo-SP. Chegou a São João-PE em 1980 para
estabelecer-se em definitivo. Seus filhos: Eraldo nasceu em 25 de fevereiro de
1976 e Everaldo, em 1979. Em 1984, deu à luz a uma filha natimorta aos oito
meses.
Declaração de Júlio Jacinto da Silva, em 05 de
dezembro de 1981, atesta a existência de um terreno à venda, medindo 11 x 26m,
sob a responsabilidade do Srº José Nascimento Pimentel, cujo recibo no valor de
cem mil cruzeiros foi assinado por Júlio Jacinto da Silva e Josefa de Melo da
Silva em 14 de dezembro deste mesmo ano, na cidade de São Joao-PE. Foi neste
terreno que foi assentada sua moradia desde então, onde, por detrás,
descortinava-se um cafezal que veio a tornar-se o bairro Parque Alvorada e, de frente ao
pátio férreo, que fora desativado completamente em 1971, cuja estação fica do
outro lado à esquerda.
Retomou os estudos na Educação de Jovens e Adultos na Escola Tico e Teco e continuou os estudos na Escola João de Assis Moreno, em São João-PE, sempre
conciliando a rotina do lar, a jornada laboral e as atividades escolares. Anteriormente, estudara no grupo escolar Antonio Serafim de Melo, nas imediações de sua casa no sítio Palha, em Angelim-PE.
Faleceu aos 28 de
junho de 2017, aos 69 anos, em sua residência, construída naquele terreno
adquirido no final de 1981, em decorrência de infarto agudo do miocárdio,
hipertensão arterial e diabetes mellitus, deixando seus dois filhos, uma neta e
um neto, esposo viúvo e nora.
De sua casa, na confluência entre a Cel. João
Fernandes da Silva e a Av. Joaquim Pereira dos Santos, via a efervescência da
cidade e acompanhava as mudanças, desde a estrada de barro, que seguia do Sítio
Oitenta, passava pela rua da Liberdade, atravessava a antiga estação
ferroviária, onde atualmente funciona uma biblioteca pública municipal e funcionou
os Correios, seguia pelo Corte rumo à Rua da Linha... para onde muitas vezes foi trabalhar plantando feijão.
Dali, não tinha hora para dormir, embora acordasse
extremamente cedinho todos os dias. Aproveitava o movimento do Centro para
atuar em seu comércio e observar a cidade, ou seria a cidade que a observava?
Trabalhadora, austera e honesta, desdobrou-se entre os
afazeres domésticos, trabalho no campo e no comércio, que manteve por 37 anos
no município de São João-PE, cidade que a adotou para criar seus filhos, ao
lado de seu marido, educá-los e ter um futuro melhor.
A importância de Maria na cidade de São João, além de marcar o empreendedorismo feminino, o início das emigrações de primeiras famílias para essa cidade, é também seu vínculo familiar com os Freire de Pernambuco e Paraíba (a exemplo de Ernesto Justiniano da Silva Freire - barão de Itambé - e Flávio Clementino da Silva Freire - barão de Mamanguape, seus tios tetravós, irmãos de seu tetravô Claudino César da Silva Freire), sua ligação sanguínea com a viscondessa de Utinga (Antonia Francisca Veloso da Silveira) e baronesa de Pirangi (Ana Veloso da Silveira), irmãs de sua tetravó Narcisa Veloso da Silveira, casada com Claudino, sendo sua existência e permanência na cidade um elemento muito vívido de que a História continua nos seus descendentes, estando seus pentavós João Luiz Freire, Antônio Rogério Freire (filho), Antônio Rogério Freire (pai) e Custódio Vaz de Carvalho inscritos nos livros dos mártires de Pernambuco, causa da Independência e Revolução de 1817.
Em 06 de setembro de 2020, através do requerimento nº 36/2020 da vereadora Maria Joseneuda de Assis da Silva, também relatora, foi solicitada que fosse feita a nomeação da praça localizada ao lado do Posto Mira e em frente à praça de eventos em sua homenagem, aceito unanimemente pelos vereadores com cópia enviada ao então prefeito José Genaldi Ferreira Zumba. Com o término do mandato deste, a vigência da pandemia do covid19 e as circunstâncias inerentes aos interesses do poder público local, a homenagem ainda não se efetivou.
Vivem na cidade seus irmãos mais novos, Paulo e Nivalda, seu ex-marido, Nelson, o filho mais velho, Eraldo, com esposa, Clávia, e casal de filhos, Karla e Carlos e muitos primos pelo lado Vieira da Mota da família de sua mãe.
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